O Ferrari 212 Inter que pertenceu a Vasco Pinto Basto, visto aqui quando entrou nas oficinas de Palma & Morgado depois de sofrer um acidente pelas mãos de Joaquim Fiúza.
Em baixo, um magnífico texto da autoria de José Correia publicado na revista Auto Vintage sobre este mesmo carro. Clique para aumentar.
Tenho belas recordações desta Ferrari, que o meu companheiro de vida Vasco Pinto Basto apresentava no inicio dos anos 60,e me emprestava quando lhe pedia.
ResponderEliminarPara além do deslumbramento que provocava nas meninas,era um desafio permanente na condução.
Ela não tinha ventoinha,aquilo era para andar, e no Verão,se parava muito tempo num sinaleiro ,aquecia , fazia "vapor lock "e encostava. O remédio era esperar para arrefecer !
Relembro com ternura uma viagem que fiz a trazê-la
com o Vasco ao meu lado,do Tramagal para Lisboa, numa noite gelada de Dezembro.
A estrada era "manteiga " os pneus velhissimos Pirelli Stelvio da pré história (antes dos radiais ) a caixa de 5 sem qualquer sincronização,o volante à direita, os travões não travavam,metia fumo pelo chão ,obrigatório janelas abertas, acima dos 100 o maravilhoso som do V12 impedia qualquer conversa!
Para abrandar antes das curvas era a caixa , a dupla certa ou não entrava,com a confiança ia fazendo umas atravessadelas no molhado, de noite sabia-se que ninguem vinha do outro lado.
Dedico esta já longa prosa ao Vasco, aos meus amigos que a vivem,a minha pena aos "palhaços" que andam por aí a arrotar postas de pescada ,gabando os ditos "gadgets" que têm nos carros, sem saberem se a tracção dos ditos e´ à frente ou atràs.
PS : EU digo "a Ferrari "seguindo o Senhor D António Guedes de Herédia,meu querido e grande Amigo ,que , a propósito das grandes "máquinas " usava o feminino: "vive la femme, vive la voiture "
Abraços do Carlos Duarte Ferreira