João Lacerda tem o seu nome definitivamente ligado à história do automobilismo em Portugal, quer pelos resultados desportivos obtidos em muitas e difíceis competições, quer pelo vasto legado que deixou atrás de si e que hoje muito enriquece o património desportivo (e cultural) do nosso país. O Museu do Caramulo, por exemplo.
Em 1952, João Lacerda e Jaime Azarujinha partiram à conquista de Monte Carlo, abordando aquela que era (e continua a ser) a prova raínha do calendário internacional. Ao volante de um improvável Citroen 15 / 6 "traction avant", a equipa portuguesa conseguiu um brilhante 13º lugar absoluto, sendo o melhor de todos os carros da marca à chegada. Assim começou a escrever-se a fantástica história da Citroen no Mundial de Ralis, a qual ainda hoje perdura com os resultados que se conhecem.
Os vencedores da extremamente difícil edição de 1952 seriam Sidney Allard e Guy Warburton, em Allard P1, tendo Stirling Moss e John Cooper (que luxo de equipa!!!) terminado em segundo lugar da Geral, com um Sunbeam Talbot. Partiram 328 concorrentes, mas apenas 167 chegaram ao fim, o que diz bem da dureza da prova.
Junto uma esclarecedora imagem do Col de Braus, onde se disputou uma prova de regularidade com 74 quilómetros de extensão e que subia acima dos 1,000 metros de altitude. Os relatos da época dizem que havia tanta neve acumulada em cima das árvores que estas se inclinavam perigosamente para cima da estrada.
Bibliogafia:
- Revista Topos & Clássicos nº 106, Fev 2010
- The 1952 Monte Carlo Rallye, by Goran Norlander
- Revista Topos & Clássicos nº 106, Fev 2010
- The 1952 Monte Carlo Rallye, by Goran Norlander
Fotos - João Lacerda
Em baixo, duas imagens que atestam bem as dificuldades que os concorrentes tiveram de enfrentar.
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