2 de Junho de 1935. Segundo a revista carioca "O Cruzeiro" mais de 500 mil pessoas juntaram-se à volta do chamado "circuito da Gávea", um traçado de 11,2 quilómetros desenhado entre "penedias e abismos", para assistirem à grande corrida. A colónia portuguesa apresentou-se em força, mobilizando ranchos folclóricos, bandas de música e toda uma panóplia de dísticos e bandeiras para apoiar os três corredores nacionais que se apresentavam à partida. Henrique Lehrfeld e José Almeida Araújo trouxeram de Portugal os respectivos Bugattis, enquanto que Nunes dos Santos se inscreveu com um Adler.
Os portugueses assustavam a concorrência, como o comprova o facto de os seus carros terem sido sabotados na véspera do Grande Prémio. O Bugatti de Lehrfeld teve os cabos das velas cortados e o depósito de gasolina do carro de Almeida Araújo foi atestado com … água. O Adler de Nunes dos Santos sofreu apenas a destruição de uma vela e respectivo assento. Não obstante, os nossos compatriotas acabariam por conseguir um resultado brilhante no final da corrida. Dos 44 concorrentes à partida apenas seis chegaram ao final da prova, entre eles os três valentes lusitanos. Lehrfeld foi segundo, Araújo foi terceiro e Nunes dos Santos chegou em sexto. O argentino Caru seria o vencedor.
Henrique Lehrfeld recebeu 20 contos e uma medalha de prata pelo seu resultado. Almeida Araújo teve de se contentar com apenas 10 contos e uma medalha.
Com agradecimentos a Gonçalo Almeida Araújo
Em baixo, José Almeida Araújo antes da partida e ao cortar a meta no final do III Grande Prémio do Rio de Janeiro.
Henrique Lehrfeld e o seu Bugatti Grand Prix
Este GP do Rio de Janeiro 1935 foi
ResponderEliminarmemoravel para os Portugueses , o
H Lherfeld , partindo da ultima fila,
acabou a 10 segundos do vencedor ao
fim de 4 horas de corrida .a corrida
ficou ensombrada por o acidente à
primeira volta do campeao Brasileiro
Ireneu Correia que tinha sido vencedor em 1934 .
Luis