Produzido em 1926, o Bugatti matrícula N-4997 (mais tarde MN-49-97) que venceu o Grande Prémio da Curia de 1927 pelas mãos de Alfredo Marinho veio para Portugal por encomenda de Eduardo Ferreirinha. Mais tarde viria também a pertencer a José Cardoso de Menezes.
O Recomeço
Após mais de uma década de suspensão em consequência da II Guerra Mundial, o Circuito de Vila Real começa a renascer em 1949 com uma corrida em que participaram 23 automóveis, quase todos veículos de série. Só no ano seguinte voltariam os "carros de corrida".
Na imagem pode ver-se o Lancia Aprilia de Manuel Santos Pinto à frente do Riley Sprite de Camilo Fernandes. O primeiro terminaria num honroso 6º lugar enquanto que o segundo viria a abandonar por avaria.
Bibliografia - "Circuito de Vila Real 1931 - 1973", de Carlos Guerra
Foto - Centro de Documentação do ACP
Subindo a Avenida da Liberdade a 200 km/h
Já aqui foi dito que Fritz D´Orey fez a sua curta mas brilhante carreira automobilística como cidadão brasileiro, embora seja filho de portugueses e tenha sido registado no Consulado Português de S. Paulo quando nasceu. Hoje, por opção pessoal, reside em Portugal e é cidadão português de pleno direito.
A carta que se junta foi-lhe enviada pelo seu amigo Anselmo Duarte, um dos mais talentosos realizadores de cinema da sua geração, vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes de 1962 com o filme "O Pagador de Promessas". Vale a pena ler.
Partida para os 500 km de Interlagos 1958. Fritz D´Orey está na primeira fila, à direita, com o Ferrari 375 com o nº 7.
Mille Miglia 1956
Casimiro de Oliveira no Brasil
Casimiro de Oliveira participou no Circuito da Gávea de 1938, no Rio de Janeiro, com um Bugatti 51 acabado de comprar ao seu amigo engº Ribeiro Ferreira, que ao volante deste carro tinha conseguido alguns resultados de relevo. Mas a aventura brasileira não correu bem para o piloto português que logo nos treinos danificou a suspensão e as rodas do lado esquerdo do Bugatti ao bater num passeio. Em consequência, Casimiro partiu da última linha da grelha e voltou a ter problemas durante a corrida, desta vez com a caixa de velocidades, que encravou em "terceira". Uma jornada desportiva para esquecer mas uma aventura internacional para recordar.
Bibliografia e foto - "Manoel de Oliveira, piloto de automóveis", de José Barros Rodrigues
Heróis de 50
D. Fernando Mascarenhas, José Manuel Simões, D. António Mascarenhas e Joaquim Filipe Nogueira foram figuras que, cada um à sua maneira, marcaram o panorama automobilístico nacional na década de 50.
José Nogueira Pinto
José Arroyo Nogueira Pinto foi um dos grandes protagonistas do automobilismo nacional durante a década de cinquenta. Ei-lo aqui ao volante do Ferrari 750 Monza (#0572M) nº 8 durante o II Grande Prémio do Porto de 1956 disputado a 17 de Junho no Circuito da Boavista, liderando um grupo em que se distingue com o nº 5 o Maserati 300S do Barão Emmanuel de Graffenried, que viria a abandonar ao fim de vinte voltas. José Nogueira Pinto não foi particularmente feliz nesta prova, que terminou em 10º lugar, mas já tinha conseguido provar o sabor da vitória com este mesmo carro no Grande Prémio de Tânger de 1955 e no Circuito de Vila do Conde do mesmo ano.
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