Nicha Cabral do GP de Pau 1961

Esta imagem sai um pouco do âmbito deste blogue (1910 - 1960) mas vale pela raridade da mesma . Pouco depois da partida para o Grande Prémio de Pau de 1961 pode ver-se o Cooper Maserati T51 de Nicha Cabral (nº 22) no meio de uma grupo liderado por Lorenzo Bandini (nº24) em carro idêntico. O vencedor seria Jim Clark, em Lotus 18, com Jo Bonnier em segundo (Lotus 18), Bandini em terceiro e Nicha Cabral em quarto lugar.


Vitória na Suécia

A 23 de maio de 1954 disputou-se no circuito de Hedemora o então chamado Grande Prémio da Suécia, prova que o português Casimiro de Oliveira venceu ao volante de um Ferrari 375 MM (#0366) tendo cumprido uma impressionante média de 154 km/h. A concorrência era de respeito, como se confirma pelo segundo lugar obtido por George Abecassis (HWM Jaguar) e pelo terceiro de Duncan Hamilton (Jaguar C Type).
A prova principal foi antecedida por uma interessante corrida destinada em exclusivo a Porsches 356. Ora vejam aqui o vídeo - Hedemora 1954
Uma reportagem mais completa sobre as corridas desse dia pode ser vista AQUI a partir do minuto 03:10


Um "Monte" de má memória

Mais de quatrocentos carros compareceram à partida para o Rallye de Monte Carlo de 1953. Destes, 112 partiram de Lisboa, 103 de Glasgow, 42 de Estocolmo, 15 de Oslo, 11 de Palerne, 84 de Monte Carlo e 37 de Munique. O percurso comum pouco contribuiu para a classificação pelo que 253 concorrentes chegaram empatados ao principado, sendo a prova decidia nas duas complementares finais, uma "aceleração e travagem" e um a regularidade que devia ser percorrida à média de 47 km/h.
Os muitos Porsche 356 presentes, entre eles o carro nº1 de Fernando Stock / Pinto Basto (na foto), foram seriamente penalizados ou afastados do rallye devido a um detalhe das verificações técnicas. Ora vejam:


The Porsches were heavily scrutinised by the officials: indeed, several of these cars did not pass the technical checks due to a height of case. Problem: according to the card of the manufacturer, the height of those were to be 88cm, and they were measured at... 91 cm. The organizers tolerated only one small centimetre of variation, the Porsches were thus excluded from the rally for 2 unfortunate centimetres. This occurrence caused great commotion, and once more, the organisation was taunted and scorned by the press. 
 Colaboração de Luis Sousa

II Circuito da Boavista

Em 1932 disputou-se O II Circuito da Boavista, prova que se desenrolava num percurso muito simples que consistia em subir a avenida da Boavista por uma das faixas e depois descer a mesma avenida pela faixa contrária. Obviamente, no final da cada uma das duas rectas existia uma curva de 180 graus que permitia a inversão de sentido. Cada volta tinha cerca de 4,000 metros de extensão e as velocidades eram, naturalmente, bastante elevadas para a época. 
Na imagem da partida da corrida de Sport pode ver-se à esquerda o Invicta de Vasco Sameiro, futuro vencedor e o Chrysler de Mário Ferreira, que terminaria em quarto lugar. Nesta prova participou pela primeira vez uma senhora, D. Palmira Coelho, muito aplaudida e estimulada pelos cerca de 12,000 espectadores presentes.
Fotos - Centro de Documentação do ACP
Bibliografia - "Circuito da Boavista", de António Menéres e José Barros Rodrigues



Taça Cidade de Lisboa 1955

Vitória fácil de D. Fernando Mascarenhas na Taça Cidade de Lisboa de 1955 ao volante do seu Mercedes Benz 300 SL matrícula HH-22-15 importado há menos de um mês. No texto do Diário de Lisboa de 24 de Julho de 1955 fica a saber-se que o motor do Porsche 550 Spyder que Stirling Moss utilizou na corrida da Taça Governador Civil de Lisboa dava mais 2.000 rotações que os seus equivalentes portugueses. Assim não admira.
A versão de Luis Sousa, provavelmente a mais exacta:
  "O Porsche 550 de Stirling Moss não dava mais 2000 rpm que os Spyder portugueses, dava sim mais 1000 rpm, tinha cames mais evoluidas e não só, o que reflectia um aumento de 30 bhp em relação aos outros Spyder. De notar que após os treinos a entourage do Filipe Nogueira quis adquirir o motor de reserva do carro de fábrica do Moss  e a resposta foi não, talvez por o Dennis Jackson  nos treinos ter chamado o S Moss para ver o Filipe Nogueira a curvar , dizendo que o português travava nas curvas com o pé esquerdo  continuava a acelarar. Good old times."