As Vencedoras

Délia Gonçalves e Maria da Conceição Maia Loureiro, vencedoras da Taça de Senhoras do II Rallye Internacional de Lisboa (Estoril) de 1948  tripulando um Mercury Eight Convertible.
Foto . Centro de Documentação do ACP


Alta Emoção no Campo Grande

Lisboa. Às 17:45 do dia 14 de Maio de 1933 teve início a volta de preparação do III Circuito do Campo Grande após a qual foi dada a partida para a corrida mais importante do dia, a Prova Automóvel Clube de Portugal. Alinharam sete concorrentes, a saber: Henrique Lehrfeld (Bugatti), Vasco Sameiro (Alfa Romeo), Carlos Bleck (Bugatti), Alfredo Marinho Jr (Bugatti), Leopoldo Roque da Fonseca (Bugatti), Gaspar Sameiro (Invicta) e Eduardo Carvalho(Ford). A vitória seria decidida entre Henrique Lehrfeld e Vasco Sameiro que travaram uma batalha épica ao longo das vinte e oito voltas previstas deixando os demais participantes a grande distância tendo o piloto de Braga sido o primeiro a cortar a meta logo seguido por Lehrfeld, que nunca baixou os braços. No final o público entusiasmado invadiu a pista e carregou aos ombros os dois principais protagonistas.
Foto - colecção da família Lehrfeld
Bibliografia - Diário de Lisboa / Primeiro Arranque, de Vasco Callixto


Vitória no Cabo

A 4 de Abril de 1937 disputou-se na chamada recta do Cabo, perto de Vila Franca de Xira, o "I Quilómetro Lançado do Cabo". O percurso com um total de 4 mil metros compreendia 2 mil metros para aceleração, mil metros para a prova e outro tanto para travar. Inscreveram-se 14 carros, 10 na categoria Sport e 4 na categoria Corrida. A vitória absoluta viria a pertencer a Francisco Ribeiro Ferreira (na foto), em Bugatti, com uma marca que viria a tornar-se novo record nacional: 203,735 km/hora. O anterior recordista, Henrique Lehrfeld, não foi autorizado a participar por não ter comparecido às verificações técnicas. O carro mais lento seria o DKW de Emídio Correia Guedes que não foi além de uns modestos 79 km/hora.
Bibliografia - "Primeiro Arranque", de Vasco Callixto


Corpo Diplomático

O Jaguar do concorrente português Júlio Westor Sosa em acção durante uma prova complementar disputada em volta do Casino no final do VI Rallye Internacional de Lisboa (Estoril). Tendo partido de Lisboa, Júlio Sosa viria a conquistar um mais que respeitável 14º lugar absoluto no final. Note-se a placa CD (Corpo Diplomático) bem visível na parte dianteira do carro nº 96.
Foto - Centro de Documentação do ACP


Sucesso no Trampolim do Diabo

"Trampolim do Diabo" era o nome por que era conhecido o circuito desenhado nas zonas da Gávea e Leblon, no Rio de Janeiro, com uma extensão de 11,760 metros. Traçado difícil e perigoso como se comprovaria em 1935 com a morte do piloto brasileiro Irineu Corrêa vítima de um acidente ocorrido logo na primeira volta do Grande Prémio que levou o seu carro a mergulhar nas águas turvas do canal do Leblon. O português Henrique Lehrfeld (na foto) arrancou da 37ª posição da grelha de partida mas isso não o impediu de levar o seu Bugatti T37A até ao segundo lugar da classificação geral realizando também a volta mais rápida ao circuito à média de 74,208 km/hora.


I Rampa da Pimenteira

A 10 de Junho de 1910 disputou-se na zona de Monsanto a I Rampa da Pimenteira, prova organizada pelo Real Automóvel Clube de Portugal sob o alto patrocínio do Infante D. Afonso. Cerca de trinta mil pessoas assistiram ao evento espalhadas ao longo dos 1500 metros do percurso para aplaudir os 20 automobilistas e 10 motociclistas inscritos na primeira competição deste género alguma vez realizada em Portugal. No final o júri decidiu atribuir a vitória a Estêvão de Oliveira Fernandes, em Buick (na foto de cima) deixando uma menção especial para Angel Beauvalet, em Berliet,  considerado "brilhante nas curvas". A foto de baixo confirma a referência.
Fotos - Jornal O Volante
Bibliografia - Jornal O Volante e "Primeiro Arranque", de Vasco Callixto


Vitória Ford no Estoril

Organizado pelas Forças Motorizadas da Legião Portuguesa realizou-se em Agosto de 1937 o II Circuito do Estoril, prova disputada num traçado com 2810 metros de extensão que era suposto ser percorrido por 30 vezes. Apenas cinco carros compareceram à partida: o Ford "Especial" de Manoel de Olviveira, os Bugatti de Jorge Monte Real e Henrique Lehrfeld, o Alfa Romeo de Benedito Lopes e o Maserati de E. K. Rayson. Na presença do Presidente da República, Óscar Carmona, e de uma grande assistência o Ford de Manoel de Oliveira viria a dominar a corrida não dando hipóteses a qualquer dos seus opositores.
Na foto do jornal O Volante vê-se à esquerda o Ford "Especial" de Manoel de Oliveira magnificamente preparado por Eduardo Ferreirinha na grelha de partida situada na Avenida Amaral junto à entrada norte do Casino. À direita o Bugatti de Jorge Monte Real.


Rallye do Algarve 1937

Com partidas de Lisboa, Beja e Faro disputou-se nos dias 20 e 21 de Fevereiro de 1937 o I Rallye ao Algarve, prova organizada pelo jornal "Sports do Algarve" com o apoio do ACP.  Depois de terem convergido para Faro no sábado os concorrentes cumpririam durante a tarde de domingo no Estádio da Senhora da Saúde as provas complementares que viriam a ditar a classificação. O vencedor absoluto foi Mateus d´Oliveira Monteiro, em Hansa 1100, que recebeu o respectivo troféu durante um baile realizado nessa mesma noite na Câmara Municipal.
Foto - Jornal "O Volante"
Bibliografia - Jornal "O Volante" e "Primeiro Arranque", de Vasco Callixto