Imagens inéditas relativas ao Grande Prémio de Portugal de 1959 disputado no circuito de Monsanto. Na primeira fotografia podem ver-se o Aston Martin DBR47250 de Roy Salvatori (#10), seguido pelo BRM de Ron Flockhart (#8) e pelo Ferrari Dino 246 de Tony Brooks. A foto do meio mostra o início da parte do circuito que percorre a actual auto estrada de Cascais e a imagem final mostra o Ferrari Dino 246 de Dan Gurney a curvar sob o olhar atento das autoridades portuguesas.
Fotografias de George Philips"Mané" Nogueira Pinto
Filho de José Arroyo Nogueira Pinto, um dos grandes pioneiros do
automobilismo português, “Mané” Nogueira Pinto foi um dos mais
promissores pilotos da sua geração tendo andado sempre muito perto
daquilo que poderia ter sido uma bem sucedida carreira internacional.
Dotado de um talento invulgar, o piloto portuense veria porém o seu
percurso desportivo ser condicionado por circunstâncias da sua vida
pessoal à mistura com alguma falta de sorte. Parte da sua aprendizagem foi feita ao volante de um Porsche 356,
neste caso o 1500 Carrera GS matrícula IH-23-45 (#55398) com o qual
venceu a Volta a Portugal de 1957, tendo também conquistado um
resultado de relevo na Taça Cidade de Lisboa disputada no circuito de
Monsanto nesse mesmo ano. De facto, nesta prova “Mané” Nogueira Pinto ver-se-ia
envolvido numa luta desigual com os bem mais competitivos Mercedes 300
SL da concorrência, carros dotados de motores de 3 litros de cilindrada e
215 cavalos de potência, enquanto que o Porsche não ultrapassava os
1500 cc e os 105 cavalos. No final, após luta cerrada com Nicha Cabral em carro idêntico, José Manuel Simões levaria o seu
Mercedes à vitória mas Nogueira Pinto acabaria por conquistar um
brilhante segundo lugar na classificação geral após uma aguerrida disputa com os Alfa Romeo de Andrade Vilar e Abílio Correia Lobo. Note-se que nesta altura o jovem piloto do Porto tinha apenas 20 anos de idade.
Grande Prémio de Portugal 1958
Debaixo de um céu cinzento e ameaçador disputou-se a 24 de Agosto de 1958 no circuito da Boavista o Grande Prémio de Portugal, prova para carros de Fórmula 1 que consistia em 50 voltas a um traçado com cerca de 7,4 km de extensão. Stirling Moss levaria o Vanwall nº 2 à vitória mas começavam a surgir sinais de mudança com o aparecimento dos primeiros carros com motor traseiro, os pequenos Cooper Climax neste caso.
Causou sensação a presença de uma senhora, Maria Teresa de Filippis, entre os inscritos. Porém o Maserati 250F com o nº 30 acabaria por abandonar com avaria no motor. Também Graham Hill não foi feliz, tendo perdido o controle do seu Lotus 16 e galgado os fardos de palha no início da avenida da Boavista.
Na imagem a cores (uma raridade) podem ver-se os Vanwall de Stirling Moss e Lewis Evans em plena avenida da Boavista e um grupo de espectadores em ambiente festivo, como era habitual nas corridas de automóveis disputadas no Porto.
Na imagem a cores (uma raridade) podem ver-se os Vanwall de Stirling Moss e Lewis Evans em plena avenida da Boavista e um grupo de espectadores em ambiente festivo, como era habitual nas corridas de automóveis disputadas no Porto.
Os "Híbridos"
O ano de 1954 foi pródigo em novidades no que respeita à criatividade
dos construtores e mecânicos portugueses sendo os FAP, Olda, Alba, DM e
Etnerap alguns bons exemplos de carros de corrida produzidos no nosso
país com recurso a componentes de marcas já estabelecidas como a FIAT,
por exemplo. Mas um dos casos mais curiosos terá sido o dos Denzel que
surgiram no Grande Prémio do Porto na categoria S1500 equipados com
motores Porsche 1500 e que seriam conduzidos por Ernesto Martorell,
Filipe Nogueira e Fernando Stock. Sendo todos eles “clientes” de Jaime
Rodrigues admite-se que tenha partido do conhecido mecânico de Lisboa a
ideia de instalar motores Porsche nos pequenos carros austríacos. O que é
certo é que Ernesto Martorell ganhou a corrida e que o dito Jaime
Rodrigues “mexeu” na mecânica do carro, tal como faria na corrida
seguinte disputada em Monsanto em que pela primeira vez foram instalados
carburadores Weber no motor Porsche de um Denzel, neste caso no carro
de Ernesto Martorell, que voltou a vencer.
Na corrida de Monsanto iria surgir também o Etnerap de António Augusto Parente que não era mais que um chassis Porsche 356 equipado com um motor Fiat instalado ... na frente (!).
Em Angola ficou conhecido o Porsche 356 1500 de Ahrens de Novais que depois de um período de relativa obscuridade renasceu com uma carroçaria "à la 935" de eficácia duvidosa mas que causaria alguma sensação.
Nas imagens de cima o Denzel-Porsche de Fernando Stock no circuito da Boavista 1954. Com agradecimentos a José Stock.
À direita, o Etnerap / Porsche / Fiat tal como se apresentou em Monsanto. Tratava-se basicamente de um Porsche 356 em que a dianteira foi profundamente modificada para acomodar o motor Fiat. O carro abandonou à oitava volta com a alavanca de velocidades partida.
Nas imagens de cima o Denzel-Porsche de Fernando Stock no circuito da Boavista 1954. Com agradecimentos a José Stock.
À direita, o Etnerap / Porsche / Fiat tal como se apresentou em Monsanto. Tratava-se basicamente de um Porsche 356 em que a dianteira foi profundamente modificada para acomodar o motor Fiat. O carro abandonou à oitava volta com a alavanca de velocidades partida.
Boavista 1955
Circuito da Boavista 1955 - III Taça Cidade do Porto
Alinharam à partida quatro Porsche 550 Spyder :
1 - Filipe Nogueira chassis 039
2 - D Fernando Mascarenhas " 038
9 - Wolfgang Seidel " 015
10 - Ernest Lautenschlager " 033
Alinharam à partida quatro Porsche 550 Spyder :
1 - Filipe Nogueira chassis 039
2 - D Fernando Mascarenhas " 038
9 - Wolfgang Seidel " 015
10 - Ernest Lautenschlager " 033
Nos
treinos Filipe Nogueira obteve o melhor tempo, logo seguido de Mascarenhas, Lautenschlager e Seidel, sendo de referir o espectacular acidente de
que foi protagonista Lautenschlager que capotou o Porsche nº 10
felizmente sem consequências para o piloto e carro, que acabaram por alinhar para a corrida.
Dada
a partida foi Lautenschlager o mais rápido tendo comandado durante a primeira
volta, sendo então ultrapassado por Filipe Nogueira e Mascarenhas, até
que à nona volta o Marquês de Fronteira foi forçado a entrar na boxe
com um problema na caixa de velocidades para retomar a corrida duas
voltas mais tarde, o que o impediu de ir além do sexto lugar na tabela
final. Filipe Nogueira foi o vencedor com uma vantagem de minuto e meio sobre o segundo classificado.
Texto e fotografia - Luis SousaCampo Grande, 1932
A 3 de Abril de 1932 disputou-se em Lisboa o II Circuito do Campo Grande, por essa altura a única pista de automobilismo existente em Portugal. Presenciadas por uma enorme multidão e sob a presidência do Governador Civil de Lisboa disputaram-se duas provas de velocidade respectivamente nas categorias Sport e Corrida. Diogo Cabral (#24) venceu a categoria Sport ao volante do seu Bugatti cumprindo as vinte voltas do percurso à média de 107,506 km/h, uma velocidade mais que respeitável para a época. Na categoria Corrida o vencedor foi Gaspar Sameiro (#4), em Ford.
Fotos - Arquivo Digital da Torre do Tombo
Bibliografia - Diário de Lisboa 03-04-1932
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