Filho de José Arroyo Nogueira Pinto, um dos grandes pioneiros do
automobilismo português, “Mané” Nogueira Pinto foi um dos mais
promissores pilotos da sua geração tendo andado sempre muito perto
daquilo que poderia ter sido uma bem sucedida carreira internacional.
Dotado de um talento invulgar, o piloto portuense veria porém o seu
percurso desportivo ser condicionado por circunstâncias da sua vida
pessoal à mistura com alguma falta de sorte. Parte da sua aprendizagem foi feita ao volante de um Porsche 356,
neste caso o 1500 Carrera GS matrícula IH-23-45 (#55398) com o qual
venceu a Volta a Portugal de 1957, tendo também conquistado um
resultado de relevo na Taça Cidade de Lisboa disputada no circuito de
Monsanto nesse mesmo ano. De facto, nesta prova “Mané” Nogueira Pinto ver-se-ia
envolvido numa luta desigual com os bem mais competitivos Mercedes 300
SL da concorrência, carros dotados de motores de 3 litros de cilindrada e
215 cavalos de potência, enquanto que o Porsche não ultrapassava os
1500 cc e os 105 cavalos. No final, após luta cerrada com Nicha Cabral em carro idêntico, José Manuel Simões levaria o seu
Mercedes à vitória mas Nogueira Pinto acabaria por conquistar um
brilhante segundo lugar na classificação geral após uma aguerrida disputa com os Alfa Romeo de Andrade Vilar e Abílio Correia Lobo. Note-se que nesta altura o jovem piloto do Porto tinha apenas 20 anos de idade.
Grande piloto e bom amigo
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