Rallye a Évora 1949

Registo da participação de João Castello Branco no Rallye a Évora de 1949 ao volante do seu Renault 4CV, prova que terminou em 4º lugar da classe respectiva. Juntam-se detalhes do circuito de S. Bento, um traçado com 4,900 metros de extensão  onde se disputava o contra-relógio e o desenho da prova de perícia. Era aqui que tudo se decidia. Repare-se, foto de cima, na enorme multidão que se juntava nas ruas de Évora para ver passar os concorrentes.

Fotos - colecção João Castello Branco





1959 British Grand Prix


Em 1959 disputou-se no circuito de Aintree o Grande Prémio de Inglaterra em Fórmula 1. Entre os participantes estava o piloto luso-brasileiro Fritz (Frederico) D´Orey nascido em S. Paulo de pais portugueses mas logo registado no Consulado Português dessa cidade. Tendo passado a fase de qualificação com relativo à vontade (seis outros pilotos não o conseguiram..) ao volante de um já cansado Maserati 250F o jovem Fritz D´Orey viria a sofrer um despiste à 57ª volta que o obrigou a abandonar a corrida, cujo vencedor seria Jack Brabham, em Cooper Climax.

Fritz D´Orey tem hoje dupla nacionalidade e mora em Cascais há cerca de três anos. Aparece neste vídeo no momento da partida e ao minuto 06:30 quando o seu Maserati vermelho com o nº 40 se recusou a colaborar.


Quilómetro de Arranque e Lançado de Esposende

A 18 de Setembro de 1949 disputou-se a prova conhecida por Quilómetro de Arranque e Lançado de Esposende, pequeno município situado entre os concelhos de Viana do Castelo e Póvoa de Varzim. A vitória em ambas as competições viria a sorrir a Clemente Menéres, que tripulava um Ford 100 cv Two Door Sedan. O recentemente falecido cineasta Manoel de Oliveira levou este mesmo carro ao segundo lugar da prova de arranque e ao quinto do quilómetro lançado, enquanto que João Castello Branco (nas fotos) se ficaria pelo 11º lugar do Quilómetro de Arranque com o seu Talbot Lago 4L
Fotos - colecção João Castello Branco



 


Telegrama

1914 - A I Guerra não tarda a começar mas ainda há quem se atreva a percorrer a Europa em automóvel. Um documento que fala por si.
Foto - Ilustração Portugueza


Rampa da Corticeira

Um documento histórico. Em Maio de 1910 realizou-se no Porto aquilo que nos tempos actuais se poderia chamar uma prova de "trial", um tipo de  desafio que os destemidos automobilistas teriam que vencer ao volante das suas máquinas correndo por vezes riscos excessivos. Desta vez tratava-se de subir a Rampa da Corticeira, uma estrada (?) de pedra que tinha uma inclinação de 29 graus e trezentos metros de extensão. O Ford que se vê na imagem chegou ao topo da subida em apenas 32 segundos e sagrou-se vencedor. Infelizmente a Ilustração Portuguesa que dá conta da proeza não fornece os nomes dos intrépidos tripulantes do veículo que parecem ser pelo menos três.
Em baixo, a calçada da Corticeira nos dias de hoje.


III Rallye à Praia da Rocha

O nome completo do evento era III Rallye Nacional à Praia da Rocha e foi disputado durante os dias 6 e 7 de setembro de 1952. Tal como era uso e costume na época os concorrentes partiam de várias cidades e depois de um percurso de estrada com extensão semelhante convergiam para a Praia da Rocha onde se disputavam as duas provas complementares que seriam decisivas para a classificação. Com partidas de Cacilhas, Évora, Beja e Praia da Rocha tudo se decidiu com uma rampa e uma prova de perícia que acabariam por dar a vitória absoluta ao Dr Oliveira Martinho, em Porsche 356 Coupé  1500. Em segundo lugar ficou a equipa João Castello Branco / José Teixeira (nas fotos) em Porsche 356 Coupé 1300, que a classe respectiva.
Fotos da colecção João Castello Branco

O Fim de uma Era

Pelas estradas de Monsanto durante o Grande Prémio de Portugal de 1959 seguem três carros de Fórmula 1 de marcas diferentes mas todos ainda com "motor à frente": Phil Hill comanda o grupo no Ferrari Dino 246. seguido por Roy Salvatori em Aston Martin DBR4/250 e Ron Flockhart em BRM type 25. Os Lotus e Cooper de "motor atrás" dominaram a corrida e o conceito seria definitivamente adoptado perdurando até aos dias de hoje.
Fotografia de George Phillips


Uma Questão de Centímetros

Foram quatro os Porsche 356 portugueses a participar na edição XXIII do Rallye de Monte Carlo disputado em 1953, sendo até um deles (Fernando Stock / Pinto Basto) contemplado com o honroso nº 1 entre os 404 participantes que partiram de Lisboa, Glasgow, Estocolmo, Oslo, Monte Carlo e Munique. Destes apenas 356 (curioso número…) chegariam ao principado onde tudo se iria decidir através de duas provas complementares: uma “aceleração e travagem” e uma “regularidade” a disputar à média de 47 km/h. Além da já referida equipa portuguesa estiveram também presentes João Capucho / Calçada Bastos, Ernesto Martorell / Jorge Seixas e Ramos Jorge / Castello Branco em carros idênticos, os quais viriam a ser vítimas de uma interpretação excessivamente rigorosa da respectiva ficha de homologação por parte dos inspectores técnicos que fez com que fossem fortemente penalizados ou até desclassificados. De facto a referida ficha previa que a altura máxima dos Porsche 356 fosse 88 cm mas os carros portugueses (e outros) acusaram 91 cm o que apesar da tolerância de 1cm prevista nos regulamentos conduziu à sua penalização / desclassificação.
As fotografias são de Rudolfo Mailander